Nasceu em Arcos de Valdevez a 24 de Julho de 1927 e faleceu em 7de Setembro de 1988.
Sérgio Ribeiro depois de ter sido empregado numa loja de ferragens nesta vila e jogador de futebol no Clube Atlético de Valdevez onde se distinguia pela sua técnica, chegou a ser convidado para prestar provas no Sporting de Braga, no entanto o seu destino estava marcada para se juntar a familiares que possuía diversas roças de café nas imediações de Luanda, Angola.
Como aconteceu com muitas famílias que ali viviam, não se preveniu em mandar para Portugal parte dos seus proventos, daí que após a descolonização regressasse a Portugal trazendo consigo apenas a família já que outros nem essa trouxeram.
Durante o tempo que permaneceu em Angola todos os anos enviava determinada importância em dinheiro para distribuir pelas instituições de solidariedade social, para os Bombeiros Voluntários, Clube Atlético de Valdevez, pão dos pobres e pessoas necessitadas.
Após o regresso de Angola e como a necessidade apertava, recorreu aos amigos para lhe arranjarem um emprego, o que veio a acontecer na Câmara Municipal onde passou a anotar os quilómetros que cada viatura percorria mensalmente, função que fazia com toda a dedicação porque era dessa simples actividade que sustentava a família.
O filho Artur que hoje trabalha na Farmácia Central e que constantemente encontramos nas ruas da vila, dispunha de carro e motorista para levar e trazer da escola. O Sérgio Ribeiro era um homem com uma fortuna considerável! Por determinação do Comissariado para os Desalojados foi feito um recenseamento
em cada concelho para se apurar quantas pessoas regressaram a Portugal deste concelho e o valor dos bens deixados em África. O nome do Sérgio Ribeiro contava em primeiro lugar pela discrição do maior número de bens e dinheiro deixado em África, isto entre cerca de 500 pessoas recenseadas que regressaram a Arcos de Valdevez, sem contar aqueles que seguiram directamente para outros países.
Os amigos tiveram a feliz ideia de o homenagear a título póstumo e hoje na cabeceira do seu túmulo encontra-se o seu busto e as palavras “Ao Sérgio – Homenagem da sua terra”.