Júlio César de Brito Valério, nasceu por volta de 1858 na freguesia de Arcos Salvador, onde residia na rua de S. João, casado com D. Énia Isaura Alves de Brito, do qual nasceram duas raparigas e dois rapazes, sendo uma delas, a Maria Cândida César de Brito Valério, que serviu de modelo para criar a imagem de Nossa Senhora do Castelo, decisão esta nascida da ideia de um grupo de caçadores que ao observarem a vila do monte do Castelo resolveram que ali seria o local ideal para se construir uma capela com o nome de Nossa Senhora do Castelo, o que veio a acontecer, sendo Júlio Valério um dos principais impulsionadores da obra. Júlio Valério foi Secretário da Administração do Município em 1914, fundou com outros amigos, o Asilo de Infância, além de estar sempre disponível para fazer parte de qualquer organização que elevasse o nível e o nome do concelho. Com outros amigos fundou em 1914 o Asilo de Infância, que na altura se situava na rua Dr. Vaz Guedes. Depois de se ter divorciado, talvez o primeiro divórcio que aconteceu em Arcos de Valdevez, passou a ter contacto com diversas senhoras, havendo quem diga que teve muitos filhos, o que prova ter sido um verdadeiro conquistador no meio local. Alguns desses filhos ilegítimos foram sempre acarinhados por sua filha legítima D. Cândida César de Brito Valério e ainda hoje o são pela filha deste D. Maria Cândida Valério Amorim Lima. Foi político republicano muito respeitado, mas isso nada valeu de ser agredido traiçoeiramente em plena Praça Camões, em Ponte de Lima, por um grupo de homens que cumpriam ordens rigorosas dum monárquico de grande prestígio no meio local, descrição feita por Aquilino Ribeiro no livro “Arcas Encoiradas”. Aquilino Ribeiro cita o seu nome no romance “Arcas Encoiradas”com grande admiração e apreço.