O Dr. José Luís Caldas era filho do Dr. António Joaquim de Caldas e de D. Arminda Caldas. Nasceu na freguesia de Guilhadeses a 20-3-1893 e faleceu a 9-8-1940.
Em 1916 matriculou-se na Universidade de Direito de Coimbra, acabando por se licenciar na Universidade de Lisboa. Publicou “Vita mea”, peça académica escrita com outros colaboradores; “Filhas de Eva”, estudo histórico crítico Coimbra 1916; “Mundo de Feras”, poemas a propósito da grande guerra; “Amor Inquieto”, Peça em um acto de carácter regional; e “A maçã do pecado”.
Com o pseudónimo de “Freidank” colaborou em muitos almanaques e noutras publicações, cultivando a arte de Édipo. “Tudo” contos, versos, e “Casa da Sobreira”. Os últimos trabalhos foram publicados em 1931.
Foi político aguerrido, fiel amigo da Casa das Pedrosas e fez parte do elenco da Câmara Municipal a partir de 1926, tendo sido sempre companheiro das lides políticas, juntamente com o Dr. Carlos Alberto de Azevedo Amorim. Em determinada altura, os dois amigos, apresentaram uma lista à Presidência da Câmara que ganhara por larga margem, todavia a lista adversária apresentou um protesto junto das autoridades competentes, resultando daí a anulação das referidas eleições. O Dr. José Luís Caldas ainda protestou com veemência, mas os resultados foram infrutíferos.
Como já foi referido O Dr. José Luís Caldas era um homem virado para a escrita e para a política e pertencia a uma família muito estimada em Arcos de Valdevez.
Casualmente conheci Armando Emílio da Costa Caldas, jovem médico a prestar serviço no Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo. Publicou várias obras, entre elas, “Memórias de uma Família do Minho” onde cita o seu familiar Dr. José Luís Caldas como uma figura de relevo na vida cultural arcuense, especialmente como político, charadista e escritor.
Este jovem é filho do conhecido notário Dr. Armando Caldas e de sua esposa Drª. Emília Caldas já falecida.