José Avelino Nunes de Azevedo, nasceu no dia 1 de Janeiro de 1850, na Casa das Nogueiras, freguesia do Vale, filho do professor oficial de ensino primário João Manuel Nunes e de D. Mariana Augusta Pereira de Azevedo.
Com tenra idade foi caixeiro no Porto, depois embarcou para o Brasil com o intuito de seguir o comércio, mas teve de regressar à Pátria por falta de saúde. Resolveu então estudar para obter o diploma de professor primário, sendo feliz nesse seu propósito, porque em pouco tempo fez exame e arrancou cadeira. Serviu nas escolas de Lapela de Monção e vila dos Arcos. Em 1884 foi nomeado sub-inspector da instrução primária para Tomar, sendo depois transferido sucessivamente para Alenquer, Valença, Viana do Castelo e Leiria.
Colaborou em muitos jornais do país e dirigiu nesta vila o “Primeiro de Dezembro” que fundou com Manuel Marinho. Em Braga, de licença, foi ali correspondente do Norte. Poeta muito apreciável, deixou artigos poéticos dispersos pelos jornais – “A Alvorada”, “Arcuense”, “Regenerador”, “Arcoense”, “Aurora do Lima”, “Damião de Goês”, “Verdade” e poesias noutros jornais. Mas além de escrever para jornais, publicou os seguintes livros: “Contos Modernos” ilustrado com o retrato do autor e consagrado a Camilo Castelo Branco, onde vêm publicadas duas cartas de agradecimento logo após a dedicatória do primeiro volume (Porto 1888). “Clarões e Trevas”; “Um Drama na Aldeia”; “Névoas Crepusculares” e “Bíblia de meus filhos”. Estas obras foram escritas e publicadas no período entre 1873 e 1896.
Nunes de Azevedo era casado com sua prima D. Edviges irmã do Dr. Albano Guilherme de Azevedo Amorim, da Casa das Pedrosas, casal que esteve na origem da família Nunes de Azevedo, ainda hoje muito conhecida e estimada em Arcos de Valdevez.
Faleceu no dia 23 de Novembro de 1898. O seu nome encontra-se perpetuado na rua onde existiam os antigos quartéis, embora nas actas da Câmara não se encontra a data dessa deliberação.