Não se pode afirmar convictamente se esta senhora nasceu ou não em Arcos de Valdevez, sabe-se apenas que foi uma pessoa que sempre fez parte das Comissões organizadas por senhoras arcuenses com o fim de angariar donativos para as instituições do concelho mais necessitadas. Quem ler os jornais de entre os anos de 1920 até à data da sua morte encontra sempre o nome de Elisa Antunes integrada em comissões percorrendo as ruas da vila em companhia de outras senhoras empenhadas na mesma causa. A história da família e desta senhora foi tétrica:
A determinada altura regressou do Brasil um casal, ele natural de Arcos de Valdevez e ela brasileira e instalaram-se neste vila, comprando, para o efeito, a casa onde hoje funciona a Foto Beleza e outras propriedades na freguesia de Santar.
A mãe da Elisa faleceu anos depois com a doença de lepra que nesse tempo era uma doença incurável, e o pai sabendo que tinha a mesmo doença, dirigiu-se ao seu advogado e amigo Dr. Albano Amorim, da Casa das Pedrosas, e pediulhe, caso viesse a seguir o caminho da esposa, que tomasse conta da filha, deixando
para isso os rendimentos necessários.
O Dr. Albano Amorim perante um dilema que considerou muito delicado, mas como homem sensível ao exposto, assumiu tal responsabilidade logo que o amigo falecera e a menina passou a viver na Casa das Pedrosas onde era considerada como família.
A menina foi criada na casa do Dr. Albano até ser mulher adulta, daí ela ter-se dedicado de alma e coração ao bem-fazer, juntando-se, para isso, às senhoras da vila que frequentemente organizavam quermesses e outras festas para angariação de donativos destinados a quem mais precisava de ajuda..
Com cerca de 30 anos faleceu com a mesma doença dos pais e deixou testamento dos seus bens à menina Rosa Valério Amorim que fora criada com os avós e, por isso, companheira inseparável de Elisa Antunes.
A morte desta senhora foi muito sentida na Casa das Pedrosas porque tanto o Dr. Albano Amorim como a esposa consideravam-na como filha. A falecida deixou manuscrito um caderno em versos com data de 9 de Maio de 1913 que parecem ser inéditos, razão porque mereciam ser publicados.
Os corpos dos três falecidos encontram-se depositados num jazigo no Cemitério Municipal de S. Bento.
Pelo seu significado intrinsecado transcrevo dois desses versos:
A determinada altura regressou do Brasil um casal, ele natural de Arcos de Valdevez e ela brasileira e instalaram-se neste vila, comprando, para o efeito, a casa onde hoje funciona a Foto Beleza e outras propriedades na freguesia de Santar.
A mãe da Elisa faleceu anos depois com a doença de lepra que nesse tempo era uma doença incurável, e o pai sabendo que tinha a mesmo doença, dirigiu-se ao seu advogado e amigo Dr. Albano Amorim, da Casa das Pedrosas, e pediulhe, caso viesse a seguir o caminho da esposa, que tomasse conta da filha, deixando
para isso os rendimentos necessários.
O Dr. Albano Amorim perante um dilema que considerou muito delicado, mas como homem sensível ao exposto, assumiu tal responsabilidade logo que o amigo falecera e a menina passou a viver na Casa das Pedrosas onde era considerada como família.
A menina foi criada na casa do Dr. Albano até ser mulher adulta, daí ela ter-se dedicado de alma e coração ao bem-fazer, juntando-se, para isso, às senhoras da vila que frequentemente organizavam quermesses e outras festas para angariação de donativos destinados a quem mais precisava de ajuda..
Com cerca de 30 anos faleceu com a mesma doença dos pais e deixou testamento dos seus bens à menina Rosa Valério Amorim que fora criada com os avós e, por isso, companheira inseparável de Elisa Antunes.
A morte desta senhora foi muito sentida na Casa das Pedrosas porque tanto o Dr. Albano Amorim como a esposa consideravam-na como filha. A falecida deixou manuscrito um caderno em versos com data de 9 de Maio de 1913 que parecem ser inéditos, razão porque mereciam ser publicados.
Os corpos dos três falecidos encontram-se depositados num jazigo no Cemitério Municipal de S. Bento.
Pelo seu significado intrinsecado transcrevo dois desses versos:
Oh! Vamos, não tardes, as noites são sombrias
Sem ti a meu lado me causam pavor;
Acorda! Que o toque das Avés Marias
Nos diz que rezemos à Mãe do Senhor.
Três dias, três noites a filha sozinha, .
No adro da igreja por ti chamou….
Ao fim do terceiro já força não tinha;
Da mãe sobre a campa, gemendo, chorou.