Dr. Artur de Ascensão Bívar Xavier Bivar, nasceu em Vila Viçosa em 1891 e faleceu em Lisboa em 1946, mas pode ser considerado arcuense já que aqui viveu grande parte da sua vida. Fundou a Escola Gráfica onde foram impressos vários cursos, entre eles o de português, italiano, grego, espanhol, alemão, grego, matemática e filosofia. Segundo opinião de grandes sumidades, o Dr. Artur Bívar era um homem de uma cultura invulgar, já que foi jornalista, polígrafo, professor e poliglota. Escreveu várias obras, entre as quais o Dicionário Geral e Analógico; Quaresma Anti-Clerical; Monarquia ou República; A Igreja e o Estado; A Religião e a Guerra; Matai-vos uns aos Outros; Deus Aderiu?; e Revolução. Juntamente com o padre Cunha Brito trabalhou em vários cursos de línguas à distância. Por razões de ordem política exilou-se em Tuy e depois em Vigo onde leccionou durante alguns anos. Em 1912 seguiu para a Bélgica e, em Liege se dedicou ao ensino de línguas. Depois de várias vicissitudes, regressou a Portugal sendo a sua estadia curta já que, em 11 de Maio de 1915 parte para Londres depois de ser preso durante 17 dias na Cadeia do Limoeiro. Com receio de ser preso novamente, parte para Vigo e mais tarde novamente para a Bélgica onde se dedicou ao ensino de línguas, sujeitando-se a um exílio forçado por não ser adepto da política seguida em Portugal. O seu nome esteve ligado aos vários jornais arcuenses, sendo os de maior expansão o Notícias dos Arcos, de que foi proprietário, e a revista cómica a Vi-Li-Ri e manteve um programa na Rádio Renascença muito ouvido pelos seus apreciadores.
Embora não fosse arcuense de nascença aqui criou raízes, assim como toda a sua família, podendo considerar-se um verdadeiro arcuense.
Foi fundador do jornal Notícias dos Arcos, embora já tivesse havido um com o mesmo nome criados por um senhor da família Saraiva. A Câmara Municipal tendo em consideração os relevantes serviços prestados
ao concelho, perpetuou seu nome no parque infantil à entrada da vila do lado sul.
Parte da família Bívar embora se tenha ausentado, ainda hoje é muito estimada em Arcos de Valdevez.O Padre Moreira das Neves fez uma enumeração extensa da extraordinária obra de Artur Bívar, entre livros, ópusculos, traduções e artigos em diversos jornais e revistas, especialmente artigos na secção da Bigoana do jornal Novidades. Em 1914 perdeu os seus livros e o ficheiro do Dicionário Geral e Analógico que tinha organizado. Depois de várias vicissitudes, regressou a Portugal sendo a sua estadia curta, já que a 11 de Maio parte para Londres terminando assim o seu atormentado exílio.