Amândio César Pires Monteiro, nasceu em Arcos de Valdevez no dia 12 de Julho de 1921, faleceu no dia 10 de Agosto de 1987 e repousa no cemitério do Alto de São João. Fez os seus estudos secundários em Braga e em Vila Nova de Côa, tendo-se formado na Universidade de Coimbra em Ciências Histórico Filosóficas. Dedicou-se ao jornalismo, foi professor, poeta, contista e critico literário, tendo sido elogiado por Jorge de Sena, David Mourão Ferreira, Maria de Lourdes Belchior, Padre Manuel Fernandes, António Manuel Couto Viana, José Moreira e outros. A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez também lhe prestou homenagem, perpetuando o seu nome numa biblioteca que dá acesso à Biblioteca Tomaz de Figueiredo, na Casa das Artes. Os seus poemas que documentam, principalmente nos primeiros livros, a orientação do grupo Poesia Nova, de que foi, com Fernando de Passos, um dos poetas autênticos e modernos. Valem, principalmente, por um grande desatavio no uso da linguagem convencional da poesia, em que os sentimentos comuns são cantados com muita simplicidade e alguma nostalgia, às quais dá um fundo religiosidade católica, emprestando-lhe certo polemista, assim como certa inconformidade que no entanto radica no tradicionalismo. (Jorge de Sena).
Em 1975, em pleno verão quente, viveu forçado no exílio, primeiro em Vigo e Madrid, Espanha, e mais tarde no Brasil, pais onde passou dificuldades e a ausência efectiva da família, amigos e admiradores. Tem 25 obras publicadas, algumas traduzidas em espanhol, francês, italiano, inglês, alemão e croata. Grande parte da sua obra literária é dedicada às antigas províncias ultramarinas. Durante a sua actividade jornalística recebeu um Diploma da Liga Efectiva Portugal – Brasil em 5-6-1964; Menção Honrosa da Câmara Municipal de Luanda em 20-6-1964 ; Membro Honoris Causa da Socitte Histoire de Archeologis de Beaucaire” e parte das capas dos seus livros foram assinadas por grandes artistas.
Jorge de Sena escreveu:
“… Os seus poemas, que documentam, principalmente nos primeiros livros, a orientação do grupo Poesia Nova, de que foi, com Fernando de Paços, um dos poetas mais autênticos e modernizantes, valem principalmente por um grande desatavio no uso da linguagem convencional da poesia, em que os sentimentos comuns são cantados com muita simplicidade e alguma nostalgia, às quais um fundo de religiosidade católica emprestou certo polemismo antebelicista, como certa inconformidade que no entanto radica no tradicionalismo”.