O Dr. Silvestre Saraiva de Meneses nasceu em Arcos de Valdevez no ano de 1849, onde passou a infância e a adolescência aprendendo as primeiras letras com o professor José Maria da Cunha, mostrando já a partir daí ser um rapaz muito valente.
Já com o ensino básio completo, apresentou-se a exame de instrução primária aos 10 dias do mês de Maio de 1868 e com 18 anos matriculou-se nas disciplinas de francês e português.
Submetido a exame realizado no dia 10 de Julho não foi aprovado, mas passado pouco tempo apresentou-se novamente a exame e obteve 12 valores, ou seja a respectiva aprovação. Sete anos depois efectua a sua 1ª. matrícula na Faculdade de Direito de Coimbra.
Nunca enveredou pela política a sério, mas aproximava-se das fileiras dos Conservadores da Regeneração.
Concluída a formatura deixa em Coimbra gratas recordações e regressa a Arcos de Valdevez onde viria a exercer a profissão de causídico, mas sempre a pensar na magistratura, objectivos que só posteriormente veio a alcançar. Entretanto casara com D. Aurélia Cláudia Saraiva de Meneses, natural do Pará, mas como entretanto ficara viúvo aos 39 anos, casou em segundas núpcias com D. Guilhermina Carlota Vieira Lisboa, casamento este realizado na igreja de S. Paio, em Arcos de Valdevez.
Desta união nasceram por volta de 1889, Eugénio Augusto e Aventino Geraldes, este que veio a casar com D. Maia Dorinda, que teve vários filhos, todos eles muito conhecidos no meio arcuense Viveu na Casa de Valverde e por ali passaram grandes figuras como Paiva Couceiro e os condes de Carcavelos e da Aurora. Na última década da sua vida dedicou-se à agricultura, aumentando o seu próprio património com a compra de diversas propriedades. Na freguesia do Vale adquiriu uma moradia designada Casa do Outeiro, com capela e rossios, por cerca de 15.000 réis, casa esta onde vive actualmente o familiar Luís Lourenço Saraiva de Meneses, funcionário da Câmara Municipal.
O Dr. Silvestre Saraiva foi uma figura lendária a pontos de o apelidarem de “Saraiva da Forças”, fama que percorreu o país e com ela o nome de Arcos de Valdevez.
Em Valverde existia um criado negro que se enamorou de uma mulher na freguesia de Sabadim, do qual teve filhos que faleceram com poucos dias de vida. As pessoas da freguesia fugiam sempre quando ele surgia nos caminhos da aldeia. O Dr. Silvestre António Saraiva de Meneses faleceu em 1919.