Miguel Maria Teixeira era uma das individualidades mais respeitadas no meio arcuense por ser um exemplo de honradez, dedicação e lealdade. Poderse-á dizer que Miguel Teixeira contava em cada arcuense um admirador e em cada admirador um verdadeiro amigo. A sua correcção e fidalguia de porte e acções só dum verdadeiro cavalheiro. Era um monárquico intransigente, a contrastar com o procedimento criminoso de meia dúzia de aventureiros, alguns dos quais sem cotação politica e muito menos moral. Logo que foi implantada a República colocou-se logo ao lado dos republicanos duramente perseguidos intercedendo por eles, salientando injustiças e castigos, recomendando sempre serenidade e juízo. E embora o seu gesto simpático e nobilitante nada produzisse, porque a sua voz firme e autorizada foi estupidamente desatendida. É por isso que hoje depois de noticiada a sua morte no dia 21 de Março de 1921, pelas 19 horas, com 69 anos de idade, os republicanos não deixaram de desfolhar sobre a sua campa os goivos da nossa saudade e do nosso respeito pela presença de figuras de destaque no meio arcuense, tais como o Dr. António Faria Lima, Dr. Alexandre Cerqueira Amorim, Dr. José Alves Pereira, Álvaro de Brito e Rocha Aguiam, Camilo Pereira Sampaio, Francisco Teixeira de Barros Lima e muitos outros.