O padre Manuel António Gomes Himalaia, nasceu na freguesia de Cendufe no dia 9 de Dezembro de 1868 e finou-se no dia 21 de Dezembro de 1933, no Hospital de Velhos e Entrevados de N. Senhora da Caridade, em Viana do Castelo, onde era Capelão. Era filho de António José Fernandes e de D. Francisca Luísa Dantas, gente honrada que trabalhava na agricultura.
Estudou na Escola de Souto e posteriormente ingressou no Seminário de Braga, onde se ordenou padre, respondendo assim aos seus desejos e de seus pais.
Além do gosto pela Filosofia e Teologia, mostrava grande interesse nos domínios das Ciências Naturais, Física, Química e Geologia. Depois de se ter ordenado em 1890 com apenas 22 anos de idade, foi Presidente do Instituto Histórico do Minho e capelão do Hospital da Caridade, em Viana do Castelo.
Notabilizou-se como cientista de projecção mundial, por ter inventado a “Himalaiíte” e o “Pirelióforo” que significa “Máquina que produz o calor para substituir o Sol”.
Em 1904, na Grande Exposição de S. Luís, na América do Norte, obteve o Grand-Prix, medindo-se com os maiores sábios de então. Em 1908 visionou o uso de energias renováveis.
Segundo alguns estudiosos da sua obra científica, sabemos que inventou explosivos, aparelhos para detectar submarinos que chegaram a ser usados na Segunda Guerra Mundial e aprofundou conhecimentos científicos sobre ervas medicinais.
A Câmara Municipal homenageou-o ao perpetuar o seu nome numa das ruas da vila e, mais tarde, com a colocação de um busto na Alameda Dr. Sá Carneiro com os seguintes dizeres: “No 1º. Centenário do nascimento do padre Manuel Himalaia, ilustre filho deste concelho. 12 /12/1960”.
A designação “Himalaia” tem origem na alcunha que lhe puseram dada a sua grande estatura.
Em 3 de Novembro de 2008 foi constituída na freguesia de Cendufe a Associação Sócio-Cultural Padre Himalaia, cujo objectivo é defender o património cultural e histórico da freguesia e perpetuar o nome dum homem da freguesia que foi um grande cientista.
Em Sorêde, no sul de França existe uma associação interessada em aprofundar os estudos sobre o Padre Himalaia e publicou vários estudos sobre a figura e obra do cientista arcuense. Igualmente na Associação em Cendufe, foi passado um filme mostrando uma praça à qual fora atribuído o seu nome numa pequena localidade daquele país.
O nome do Padre Himalaia aparece com frequência em várias localidades, até na Damaia, onde existe uma rua com o seu nome. O padre Himalaia foi um cientista que elevou Arcos de Valdevez e o próprio país.
Jacinto Rodrigues, seu grande admirador escreveu: “Portugal entrava assim, há quase 100 anos, na história das energias renováveis”.