João Cândido de Gusmão e Vasconcelos, nasceu na freguesia do Vale, no dia 9 de Fevereiro de 1855, filho de Leonel de Abreu Vasconcelos de Sousa e Castro e de D. Emília Clara de Gusmão Azevedo, da Casa de Tora, tendo falecido em 1920.
Em vida foi um arcuense que lutou pela sua terra e lhe dedicou todo o carinho. Logo na sua mocidade revelou-se um extremo defensor deste rincão, um lutador tenaz, trabalhando para a colectividade em geral, num ideal de engrandecimento, prosperidade e carinho por uma terra que era a sua.
E porque foi um lutador persistente e incansável, desempenhou, por direito próprio, lugares de destaque no meio arcuense, pondo sempre no exercício das funções que ocupou, todo o seu esforço e honestidade, interesse e carinho que lhe merecia o bem do concelho, qualidades que manteve até ao fim da vida. Pertenceu à Comissão Concelhia dos Vinhos Verdes, defendendo sempre os interesses dos lavradores do concelho. O seu trabalho dignificante dividiu-se também pelas casas de caridade, destacando-se na protecção aos pobres, chegando a ser presidente da Direcção do antigo Asilo dos Inválidos da Senhora da Peneda. Cultivou sempre a caridade socorrendo doentes e os pobres com as suas esmolas, directamente, ou por intermédio das casas de beneficência. Ainda quando do exercício do cargo de vogal da Comissão Liquidatária da firma Pereira Fernandes & Barros Lima distribuiu todas as suas remunerações no valor de milhares de escudos pelos pobres.. Além disso foi uma individualidade que na nesta terra se distinguiu pelo seu porte e maneiras, prestando ao seu concelho e à sociedade o carácter enérgico e perseverante durante a trajectória da vida Arcuenses! Sabei ser gratos!
No seu testamente constam dádivas ao Hospital da Misericórdia, aos Asilos de Inválidos da Peneda e de Infância, aos Bombeiros Voluntários, ao Pão dos Pobres e às Juntas das Freguesias de Padreiro e Vale para criação das Caixas Escolares.
Para melhor lutar pelo bem desta terra, criou o jornal “O Arcoense” que dirigiu com superior critério bairrista, tornando-se um fervoroso paladino dos interesses e aspirações dos agricultores mais pobres de Arcos de Valdevez. As bibliotecas que possuía nas casas do Carrapatal e de S. Bento, foram doados à Câmara Municipal.