Fernando de Freitas nasceu em Lisboa no dia 16-5-1917, mas desde criança passou a viver em Arcos de Valdevez, razão porque era considerado arcuense, tendo falecido em 22-12-2009, com 92 anos de idade.
Depois de ter ingressado na Repartição de Finanças, de onde foi demitido por questões de ordem política, tornou-se sócio do Café Chave Douro e por fim seu único proprietário.
De 1968 a 1974 desempenhou as funções de vereador da Câmara Municipal e após a revolução de Abril foi designado para presidir à gestão municipal, cargo que exerceu até Novembro data em que a Comissão Administrativa tomou posse.
A 12 de Dezembro de 1976 concorreu às primeiras eleições livres e democráticas, tendo sido eleito Presidente da Câmara, cargo que ocupou até final de Janeiro de 1980. A partir daí foi eleito membro da Assembleia Municipal e em Novembro de 1985 voltou à Câmara, desta vez como Vereador em regime de
permanência. Entretanto por despacho de 13 de Novembro de 1978, do Conselho Superior de Magistratura, foi designado substituto do Juiz da Comarca de Arcos de Valdevez, funções que exerceu por diversas vezes, enquanto Presidente da Câmara. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974 foi reintegrado na função pública, tendo sido colocado na Direcção de Finanças do Porto e posteriormente na de Braga até se aposentar. Prestou outros serviços à comunidade, tais como Presidente da Adega Cooperativa de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca e Director do Lar Soares Pereira. Fernando de Freitas, além dos cargos que ocupou durante a vida, foi sempre um exímio contador de histórias. Tudo que dizia tinha piada e essa faceta deixou-a bem patente na Câmara Municipal nos despachos que redigia e o nome que atribuía a cada um dos processos que permaneciam pendentes. A Câmara Municipal mandou perpetuar o seu nome numa das artérias da vila e no passado dia 11 de Julho de 2011, dia do concelho, prestou-lhe justa homenagem, mandando colocar uma fotografia sua no átrio da Câmara Municipal.
Os despachos que exarava em documentos sujeitos a essas formalidades ficam para a memória futura.