Feliz de Araújo e Sousa de Meneses era filho de Gregório de Sousa Meneses e de D. Ângela Lobato, nasceu em 1620 na Casa da Lama, freguesia de S. Jorge. Assentou praça no Castelo de Lindoso em 1641 servindo ali com seu pai durante um ano, retirando-se então para Miranda do Douro, onde esteve até 1654 lutando contra os espanhóis com coragem, a ponto de receber várias ferimentos em alguns combates. El-rei D. João IV fez-lhe mercê em 8 de Março de 1655 da pensão de 20$000 reis e algumas comendas da ordem de Cristo para as ter como o hábito da mesma ordem que lhe conferiu. No mesmo ano serviu na armada que cruzou o Estreito de Gibraltar nas costas Algarvias, sempre às ordens do Almirante António Teles. Em Junho de 1656 embarcou no galeão S. Gonçalo e foi até à ilha Terceira esperar as naus que vinham da Índia. Em 1657 alistou-se no regimento de Olivença e com ele tomou parte na tomada de Badajoz, restauração da praça de Moura e na derrota dos Espanhóis em 26 de Abril em frente à vila de Olivença, sendo elogiado pelo conde de S. Lourenço pelo valor que mostrou nestes feitos de guerra. Em 1659 após alguns meses de descanso em casa dos pais, foi para Braga, assentou praça na Terceira Companhia do Terço de Infantaria daquela cidade, por lhe constar que os espanhóis estavam na fronteira galega com um poderoso exército. O comandante da companhia, Álvaro Barreto, promoveu-o no dia 11 de Março a alferes porta-bandeira, por ter conhecimento da sua biografia militar. Em 27 de Novembro do ano seguinte já era capitão, posto que conquistou na guerra. Em 1662 e 1664 serviu com o conde de Prado, que o louvou diversas vezes em ordens do dia da Companhia, pelo seu grande valor. Foi ferido a última vez na tomada de Lapela em Novembro de 1693, onde se cobriu de glória. Recolheu depois a casa para descansar e ali morreu alguns anos depois, com honras de fidalgo da casa real.