Nasceu nesta vila em 1828 e em 1851 embarcou para o Pará, onde casou com uma índia da Tribo dos Cabolos e teve larga descendência. Como nesta terra a sorte lhe fosse adversa, subiu o Amazonas e por lá andou até que em 1858 se estabeleceu em Santa Fé, povoação peruana da margem esquerda do Javary. Dedicando-se ao comércio, fez-se importador de mercadorias da Europa, que trocava por produtos locais que exportava em larga escala. Conseguiu assim amealhar grossos cabedais.Exerceu vários cargos públicos, chegando a ser chefe do distrito de Loreto, na província peruana do Baixo Amazonas. Em 1873 associou-se ao seu patrício Joaquim Antunes de Brito, residente em Iquitos e constituíram uma empresa de navegação que vinha a Manaus e percorria os rios Maraion, Javary, Tacuhy e outros. Em 1880 construiu duas escolas, uma em Santa Fé, povoação do Peru que ele tornou próspera e outra em Santa Rosa, povoação brasileira, do outro lado do rio Javary.Em 1883 ainda vivia rodeado de numerosa família, venerado e respeitado por todos.No Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, nº. 8, XV, série, a folhas 557, o Senhor A. Lopes Mendes, numa carta enviada da margem do Salimões, em 1883, refere-se sempre contra essa (…) Espanha e não contra a falta dessa mesma liberdade em outros países, como por exemplo no Afeganistão?