Nasceu na Casa das Pedrosas, em Guilhadezes a 19 de Setembro de 1898 e faleceu em 1964 com 66 anos de idade, na sua Casa do Bonfim.
Em 1915 matriculou-se no Conservatório Nacional de Música e frequentou durante 6 anos os cursos de violinista e harmonia. Como violinista tomou parte em diversos concertos, realizou diversas conferências, colaborou em diversos jornais e revistas, focando em especial, a obra e a personalidade do compositor e pianista portuense Óscar da Silva, bem como os cantos populares do Minho. É autor dum “Dicionário Biográfico dos Músicos do Norte de Portugal” e de outros trabalhos valiosos, tais como “O Abade Perosi Perante a Arte Musical Religiosa” e “A influência dos Reis Portugueses na História da Música” e “Cânticos Populares do Minho”.
Na Enciclopédia Lusa Brasileira encontram-se os nomes de quatro arcuenses, nos quais se inclui o de Eugénio e Araújo Azevedo Amorim, como musicólogo. Foi convidado para proferir uma conferência sobre o valor artístico do insigne maestro Oscar da Silva, para ser transmitido pela rádio-telefonia no dia 21 de Abril, data do seu aniversário natalício, convite que aceitou. Fez outras conferências sobre o mesmo tema e também se destacou entre os grandes músicos da época, escrevendo em artigos sobre música em diversos jornais e revistas.
Eugénio Amorim, como já se disse, frequentou o Conservatório Nacional de Música durante vários anos, mas não vingou porque naquele tempo a música só tinha lugar nos grandes centros, daí ter passado a vida como funcionário da Câmara Municipal e depois de aposentado enveredou pelo comércio, chegando a ser proprietário do Café Arcuense.
A família, há poucos anos, homenageou a sua figura, colocando uma placa na sua sepultura recordando a sua paixão pela música. Depois da mudança de residência para a Casa do Bonfim, em Vila Fonche e da morte de sua esposa, a vida sofreu um abalado que o abateu até à morte com apenas 66 anos idade.