Dr. Armando Amorim, nasceu na Casa das Pedrosas, em Guilhadezes, no dia 9 de Agosto de 1900 e faleceu a 3 de Novembro de 1983, com 83 anos de idade, solteiro. Licenciou-se em direito na Faculdade de Lisboa e iniciou a sua actividade como advogado em Arcos de Valdevez. Anos depois ingressou na magistratura, servindo em diversas comarcas como Delegado do Procurador da República e como Juiz de Direito em Paredes de Coura, Idanha-a-Nova, Oliveira de Azeméis e S. Pedro do Sul.
Pelos bons serviços como Juiz de Direito, passou a exercer, durante 10 anos, as funções de Juiz Auditor do Tribunal Militar do Porto, o que o levou a sofrer algumas represálias após a revolução de Abril, não porque tivesse cometido qualquer decisão injusta, mas porque constou na altura que haviam sido passados mandados de captura assinados em branco e isso preocupava as pessoas que tinham ocupado cargos de responsabilidade no regime anterior, o que muitasvezes aconteceu sem provas concludentes. Em 1964 foi promovido a Juiz Desembargador do Tribunal da Relação do Porto, lugar que ocupou durante vários anos.
Em vida fui activista do Partido Republicano Liberal, director do jornal “A Concórdia”, do “Almanaque Arcoense”, criou e foi director da Revista “Serrana”com tiragem mensal, onde colaboraram alguns os mais ilustres arcuenses, como José Luís Caldas, Álvaro de Aguiam, Teixeira da Silva, José Castilho, Palhares Falcão, António Ribeiro, Armando Cunha, António Aguiar, Nunes de Azevedo, Vergilio Amaral, Geraldo de Vasconcelos, Américo Esteves, Nuno Cruz, Herculano Rocha Gomes, Henrique Codeço, Padre Manuel José Fernandes, Aguinaldo Barbosa, Frederico de Freitas, Alfredo Pinto, Fernando Corte Real e outros.
A sua Quinta das Pedrosas foi retalhada através do loteamento Valverde/Pedrosas, o que motivou a criação de várias vias de acesso onde foram perpetuados nomes de ilustres figuras arcuenses, não sobrando uma para si, para seu pai ou seus irmãos, falta que merece ser corrigida oportunamente.
O Dr. Armando Amorim era uma pessoa muito estimada pelo seu porte de cavalheiro e de distinto magistrado.