António Rodrigues de Sousa, embora fosse natural de Lisboa sempre esteve ligado a Arcos de Valdevez por família e por casamento com D. Maria Helena de Sousa Guimarães, ambos já falecidos. Durante parte da sua vida dedicou-se ao teatro e ao cinema. Começou pelo teatro amador em Algés e Cruz Quebrada e mais tarde como figura principal nos filmes de grande metragem como “Pão Nosso” em 1940; “Lobos da Serra”, em 1942 e “Serra Brava” em 1948. Participou ainda no filme “Porto de Abrigo” embora interpretando papel mais secundário. A sua dedicação e amor às belas paisagens de Arcos de Valdevez, levou-o a sensibilizar os cineastas Jorge Bruno do Canto, Armando Miranda, Perdigão Queiroga e César de Sá a realizarem filmes nestas paragens dos Arcos, daí ter realizado diversos documentários cinematográficos, dos quais se salienta “As Quatro Estações”, isto em 1990. Depois de ter deixado a divina arte, dedicou-se à fotografia, cujos postais coloridos apresentavam belas imagens de Arcos de Valdevez, terra que ele amava como se fosse a de nascimento, daí terem os seus postais percorrido o país e o mundo.
Nos seus tempos livres dedicava-se à pesca da truta e isso habilitava-o a conhecer todos os recantos do rio Vez e os seus afluentes regatos. Em 1985 foi homenageado pelo GEPA e em 11 de Julho de 1997, dia do concelho, pela Câmara Municipal com a medalha de Mérito Municipal por ser um verdadeiro embaixador do concelho de Arcos de Valdevez. O seu nome encontra-se perpetuado numa das ruas vila como reconhecimento pelos serviços prestados ao concelho onde viveu e faleceu.