Nasceu no lugar do Casal, freguesia do Vale, no dia 18 de Julho de 1891, filho de José Maria Cerqueira e de D. Esperança de Barros Cerqueira. Gente pobre. Frequentou o Externato Liceal de Ponte de Lima e o Liceu de Braga e, por fim, em Lisboa para onde foi viver com um tio e onde concluiu o curso de engenharia no Instituto Superior Técnico. Foi mobilizado como alferes para a guerra em França, onde fez duras criticas ao governo português por não ter substituído os soldados já cansados por outros mais frescos. Essa atitude valeu-lhe mandarem-no para a frente de batalha em Março de 1918.
Comandou a secção de apontadores, distinguindo-se pela sua bravura e desprezando muitas vezes o perigo que rondava a zona onde as tropas portuguesas estavam estacionadas. No dia 9 de Abril de 1918 desencadeou-se em toda a frente de batalha, ocupada por grande parte da II Divisão do Corpo Expedicionário Português, nas planícies encharcadas e ensanguentadas da Flandres, foi desbaratado o reduto onde se encontravam os valentes soldados portugueses, resultando daí a morte de centenas deles, entre os quais o valente oficial arcuense que fora atingido por estilhaços de uma granada, o que o levou para o hospital onde veio a falecer no dia 18 de Junho de 1918.
Ficou sepultado no cemitério da aldeia de Lestrene, em Pás de Calais, em campa rasa junto de centenas de soldados portugueses. A Executivo da Câmara na altura, como era seu dever, mandou perpetuar o seu nome na rua situada entre os edifícios da Câmara Municipal e a Caixa Geral de Depósitos, conforme deliberação da Câmara Municipal de Dezembro de 1924.